sexta-feira, 24 de julho de 2009

Existe vida a dois ou vida social após o nascimento de um filho?

Bom eu costumo dizer que não tenho mais vida a dois e sim a três...rsrsrsrs

Mas respondendo à pergunta título, sim, existir existe, mas não mais como antes. E para que exista um mínimo ainda, vai depender muito mais de um esforço do casal.

Por exemplo, eu sempre ia ao cinema. Fazem quase 9 meses que não vou a um. Ah, posso deixar Gabriel com alguém? Posso! Tenho com quem deixá-lo? Tenho! Mas fui criada com um lema: Quem pariu Mateus que o embale, que o cuide, sei lá como é esse ditado. Então confesso que tenho uma certa resistência de solicitar ajuda nessas horas. E gente, a não ser que essa pessoa venha cuidar dele na minha casa, a logística para levá-lo a algum outro lugar é ENORME. Uma tralha sem fim pra carregar. Daí, dá até desânimo. Pra deixá-lo em qualquer lugar preciso levar uma lista enorme do que fazer, do que não fazer, do que comer e etc... Enfim, tenho que passar para a pessoa toda a rotina dele. Ah sim, criança precisa de rotina, viu mamães?

Mas podem deixar, vamos voltar a frequentar o cinema em breve. Não mais como antes, mas vamos voltar sim.

Saidinhas à dois? Ah, se vc tem babá que durma, perfeito. Mas se você não tem, o máximo que vai ter que fazer é preparar aquela tralha gigante, deixá-lo com alguém e após o programinha, passar lá para pegá-lo. Mas dá para sair? Dá sim, mas precisa de muita força de vontade! rsrsrsrs

E pra sair à noite? Como eu disse, se a criança tem uma rotina, então ela tem uma hora da noite que ela dorme. Então como fazer pra ir a um aniversário à noite, num barzinho por exemplo? Por enquanto aboli esses programas noturnos, pois Gabriel dorme entre 20h30 e 21h. E não acho justo ir prum lugar barulhento com ele. Claro que se já estamos na rua, tudo bem. Mas ainda assim, evito alguns programas. Mas sair de casa nesse horário, por enquanto, estamos fora! Nossos programas são mais diurnos que noturnos.

Domingão de tarde, depois da igreja, nada de bom na TV aberta, não se encontra nenhum filminho na TV por assinatura então só nos resta tirar aquele cochilinho. Isso foi antes do Gabriel!!! Quando ele menorzinho, a gente até podia tirar uma sonequinha com ele, mas cadê que ele quer cochilar? Já veio dormindo no trajeto da igreja até em casa! Então quando chega, está aceso! Quer brincar e explorar os quatro cantos da casa. Tudo bem, deixa a sonequinha de lado, sente no chão, espalhe os brinquedos e vá curtir as gargalhadas, caras e bocas que seu filho faz de tão feliz de ter você ali com ele, brincando... rsrsrsrsrs

E pra viajar? Nossa! Que logística!!! Tem que saber se o hotel disponibiliza berço, se tem banheira, se faz a papinha. Você fica na dúvida se leva as papinhas da Nestlé e o leite em pó e faz peso na bagagem ou se compra tudo lá...Juro! Dá vontade de desistir. Meu marido até disse: Vamos deixá-lo com sua mãe, é só uma semaninha. Daí já me imaginei uma semana longe dele. Não dá! Então, vamos com ele mesmo! E uma triste notícia, pro caso de avião, como é criança de colo, não tem direito à bagagem. Então quer dizer que aquele monte de tralha tem que ir como nossa bagagem? Putz! Vou ter que levar só um biquini na mala pra não pagar excesso de bagagem! Afff...

Mas não desanimem, falo tudo isso pra mostrar que a gente pode ainda fazer um monte de coisas que fazia antes, mas com algumas diferenças. Vai depender muito mais de nós mesmos... Mas nem tudo está perdido, ter aquele serzinho no "meio" de nossas vidas é algo indescritível, então você abre mão de muita coisa sem nem perceber. E mais, esse serzinho vai crescer e vai ficar cada vez mais independente o que vai dar mais autonomia pro casal...

E aí então, chega o segundo filho... hahahahaha

7 comentários:

Déia. disse...

Amiga,
Estava aqui me divertindo muuuuuuuuito com o seu novo post. Eu passei justamente pro isso ontem.
Matheus, como vc sabe, ta com uma febre doida que não some então tive que deixa-lo na minha mãe, já que diariamente ela tem ido la pra casa e já tava com muita coisa acumulada para fazer na casa dela.
Bem, foi mesmo tudo isso que disse! É uma logística e daquelas beeeeeem complexas. É mochila pra roupas (frio, calor, meia estação, tênis, chinelo, sandália ...) outra mala só pra brinquedos, outra só para leite, copos – de suco de água de leite. Sem contar a lista que tive que fazer dos remédios que ele ta tomando com dosagem e hora, horário das refeições, colação, almoço, lanche, jantar, ceia.
O que gosta de comer, é, eles tem vontade própria e quando não querem simplesmente cospem!
Bem, a primeira vez que cortei o “cordão umbilical” e o deixei na minha mãe pra irmos a um cineminha Matheus tinha +/- 10 meses. Nossa, foi difiiiiiiiicil!
Primeiro pra arrumar tudo como descrito acima e segundo pra me concentrar no filme e não pensar em como ele estaria, se sentia nossa falta, se tava chorando, se, se, se... e depois de tanta suposição ficamos sabendo que ele ficou ótimo, melhor impossível e chorou quando foi embora.
Que tristeza! Que sensação de abandono sentimos!
Hoje, com 1 ano e 10 meses, simplesmente pede pra ir pra vovó. Hehehehe já conseguimos vencer esta etapa e não nos abalamos quando ficamos sabendo que ele dorme melhor lá do que em casa.
É a vida, eles crescem e não querem mais saber de nós.

Roberta disse...

Pois é...vida a dois?! O que é isso mesmo hein?!`
Agora, depois de quase 2 anos que estamos começando a sair e mesmo assim ainda de forma insatisfatória...mas um dia a gente chega lá!
Também não gosto muito de deixar Maria Clara com as pessoas. Poxa, a gente já fica longe dela o dia todo né...o tempo q temos, queremos ficar com ela...mas poir outro lado, sinto falta de mais momentos a dois...ai ai..quantos dilemas uma mãe sofre...
Engraçado que fico vendo essas globais...saem a hora que querem, estão sempre nos eventos...fico me perguntando se elas não sentem falta de estar mais perto dos filhos...
Enfim....ema ema ema...
Bj.

Bianca disse...

Bom, sobre este post, apesar de não ser mãe, posso dizer algumas coisas:

1 - "UQem pariu Mateus que o embale", sim, querida. Mas não há problema algum em pedir ajuda de vez em quando. Ninguém é auto-suficiente e vive em ilha para se bastar. Precisamos das pessoas e, de vez em quando, não há nada demais em ajudar. Isso não deve ser rotina, mas, sinceramente, querer fazer tudo sozinha é uma tarefa impossível. Digo por experiência própria e nem tem nada a ver com filhos, viu?!

2 - Posso saber por quê ainda não me chamou pra ser babá do Gabriel em uma noite destas? Aqui, ali ou em qualquer lugar... Já fui babá de tantas crianças da Igreja, já fui "marmã" da minha irmã... Tenho experiência e não me importo em passar a noite aí.... FEIA! Sou sua Dinda, ai, ai, ai!

Beijo!

Vick disse...

Opa! Tô nessa heim tia Bibi?!? :)

Roberta disse...

Vamos deixar todos eles com a Tia Bibi e vamos pra gandaia então!!!!
:)
Topa, tia?!

Bjs

Erika disse...

O Gabriel adora ficar com a Tia Erika e nem reclama!! Já me ofereci várias vezes... Entendo que é difícil mesmo, mas o casal também precisa de um tempo a sós, até para que possam respirar um pouco e curtir... Que o Pedro não me ouça, pq do jeito que é gandaiento, vai deixar com o primeiro que se oferecer... rsrs

Unknown disse...

É verdade as coisas mudam, e às vezes é difícil, mas acabamos nos adaptando, pois filho é bom d+. Ainda preciamos carregar uma bagagem para nosso filho mesmo com 1 ano e meio, mas as coisas estão ficando um pouco menos cansativas, do que qdo ele ainda tinha meses. Vida a 2, faz muita falta pois não é quando queremos, mas confesso que agora que está com 1 ano e meio já tivemos coragem de deixá-lo dormir na casa das duas avós e pudemos relaxar pegar um cineminha dormir até tarde, namorar... Quer saber do que mais, ele adorou a bagunça na casa das 2 avós e nem sentiu saudade de nós. snif, snif.
Bjinhos. ;)