quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Consumismo Infantil...

Oi meninas!!!
Nossa quanto tempo!!!
Pois bem, estava lendo uma matéria do Plantão do Papo de mãe que entre outras coisas dizia o seguinte:
"O “Projeto Criança e Consumo”, do Instituto Alana, foi criado em 2005 para divulgar e debater as consequências do consumismo: a erotização precoce, a obesidade infantil, o uso de tabaco e o abuso do álcool na juventude, o estresse familiar e a banalização da violência. Em entrevista para o “Programa Papo de Mãe”, a coordenadora do projeto e advogada Isabella Henriques, disse que o grande problema é a publicidade que é voltada para o público infantil: a publicidade que “fala” diretamente com as crianças, feita, muitas vezes, em desenho animado.
A psicóloga do Instituto Alana, Maria Helena Marquetti, que também participou do programa, concluiu: “a publicidade nunca diz ‘não’ para a criança”. Ela é sempre bacana e isto cria uma situação desigual: enquanto a publicidade está sempre dizendo ‘sim’, ela obriga os pais a sempre falarem ‘não’. Para a psicóloga, “os pais também são vítimas disso tudo”."
Pois é, somos realmente vítimas deste mundo consumista e estamos fadadas a sermos a geração do "não" ou do "sim" incondicional. A própria Roberta diz na reportagem que apesar de achar um pedido de sua filha descabido para o momento acabou se rendendo.
Lá em casa eu estou meio cansada desta história, porque o pai acha que ela merece e pior para ele se desfazer dos brinquedos que já existem é ainda mais difícil.
Acabei por estabelecer que o verbo comprar é um verbo proibido. Isso mesmo não se pode mais usar o famoso "mãe compra", ao invés disso podemos usar "mãe eu gostaria de um dia poder ter um desses, quando você tiver dinheirinho" ou "mãe posso colocar este na lista de presentes?". Por enquanto tem funcionado bem e portanto estou aperfeiçoando o método para uma lista com figuras dos presentes para as data comemorativas (Natal, dia das crianças, aniversário...).
Gostaria muito que ela crescesse com a idéia certa de que podemos ter tudo sim, mas tudo que realmente queremos e precisamos e que nos satisfaça como pessoa. Detesto a idéia de que o dinheiro é igual a felicidade e de que ter muito é ter mais felicidade.
Já lemos muito sobre isso e já discutimos bastante também sobre isso aqui no blog e já vimos que na maioria das vezes, como a própria matéria do blog fala, a criança não necessita daquilo mas quer ter.
Como diz a psicóloga Tania Zagury, nós pais devemos tentar distinguir o que é necessidade ou desejo, mas neste mundo consumista, como fazemos? Alguém tem essa fórmula?
Bjs

3 comentários:

Patrícia disse...

Gabi, as crianças hoje tem tudo! E realmente as propagandas são totalmente voltadas para as crianças. Fica difícil ser a mãe correta sem ser chata que só diz não. Giovana tem triciclo, motoca e agora resolveu que queria uma bicicleta de presente de aniversário... Se ela usasse os outros brinquedos eu até daria porque seria presente de aniversário, mas como ela não usa, conversei e a convenci a querer uma boneca que ela já havia pedido noutra ocasião... É difícil, mas não posso aceitar e ser conivente do querer só por querer.
Beijos

Tulio Malaspina disse...

Olá, sou da área de comunicação do Instituto Alana e trabalho no Projeto Criança e Consumo.
Vocês poderiam informar um email para contato?
Grato.

Francine Figueiredo disse...

Como a Sofia ainda vai fazer 2 anos, ela não sabe bem o que quer ainda, ela quer tudo, mas ao mesmo tempo consigo distraí-la com outra coisa muito fácil.
E vou ter que afirmar uma coisa, eu sou do tipo consumista queria dar tudo ao mesmo tempo, mas ao mesmo tempo tenho muita consciência, pq brinquedos ficam espalhados pela casa e nem sempre elas brincam com todos, inclusive ela fará 2 anos agora e quando chegarem os novos brinquedos de presente, já tenho na minha cabeça que os que ela não usa serão doados.
Faço o mesmo com roupas e sapatos, Sofia cresce muito rápido, mas toda vez que entra uma peça nova na gaveta dela com certeza sai outra que não cabe mais... procuro comprar totalmente o necessário para que não perca rápido...
realmente essa história de consumo é complicado...
bjs